O fundador e ainda presidente não executivo da Microsoft decidiu expandir os seus negócios para além do mundo da informática. Bill Gates tem uma nova aposta: a energia nuclear. O empresário aplicou mais 35 milhões de dólares na TerraPower LLC, uma empresa que está a desenvolver um novo tipo de reactor nuclear.
De acordo com um comunicado da TerraPower, que realizou uma ronda para conseguir uma nova vaga de financiamento, Bill Gates não é o único a apostar nesta tecnologia. Entre os nomes sonantes está também o de outro ex-gestor da Microsoft: Nathan Myhrvold, que está agora à frente da Intellectual Ventures, uma firma de investimento em propriedade intelectual que deu origem à TerraPower em 2007.
Na lista dos investidores está ainda Khosla Ventures, uma empresa de capital de risco de Silicon Valley conhecida pelas suas apostas em tecnologia verde, e a Charles River Ventures. Khosla Ventures é dirigido por Vinod Khosla, um dos co-fundadores da Sun Microsystems, empresa que foi adquirida este ano pela Oracle por 5,6 mil milhões de dólares.
A TerraPower está a desenvolver um reactor capaz de funcionar por períodos prolongados com urânio empobrecido. O chamado «travelling-wave reactor» (ou TWR) é um reactor capaz de transformar material fértil (urânio empobrecido) em combustível. O conceito surgiu de uma das «sessões de invenção» da Intellectual Ventures, uma espécie de brainstorming que reúne intelectuais de elevadas capacidades numa tentativa de encontrar boas ideias passíveis de serem patenteadas.
Bill Gates e o co-fundador da Microsoft, Paul Allen, além de outros executivos da empresa, já participaram nestas sessões. O investimento de Gates na TerraPower foi conhecido inicialmente em Março, através da imprensa japonesa. O interesse pelo nuclear tem vindo a crescer nos últimos anos à medida que os Governos procuram alternativas mais ecológicas aos combustíveis fósseis.
Ao contrário dos reactores nucleares tradicionais que requerem doses regulares de urânio enriquecido, este que está a ser desenvolvido pela TerraPower tem a capacidade de funcionar por muitos anos com base em urânio empobrecido e sem necessidade de ser reabastecido.
Fonte: Editorial Media Capital.PT
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