terça-feira, 7 de junho de 2011

País precisará investir R$ 1 tri em energia

Serão necessários R$ 1,02 trilhão em investimentos para aumentar a capacidade de oferta de energia elétrica, petróleo, gás e etanol no Brasil até 2020. Deste total, quase metade será aplicada pela Petrobras, e, em escala menor, pela Eletrobras.

Os dados fazem parte do Plano Decenal de Energia do governo, divulgado ontem pelo presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim.

Segundo a EPE, no mesmo período a demanda total por energia subirá 60% no país.

A maior parte dos recursos será aplicada na exploração e produção de petróleo: R$ 686 bilhões (67% do total).

Graças ao pré-sal, o Brasil praticamente triplicará sua produção, que passará dos 2,1 milhões de barris diários em 2010 para 6,1 milhões de barris por dia em 2020.

Nuclear

O plano não prevê aumento da oferta de energia nuclear até 2020. Além da usina de Angra 3, em construção, não há outras projetadas.

Em relação ao gás natural, a oferta total será quase duplicada, subindo de cerca de 109 milhões de metros cúbicos por dia em 2011 para 193 milhões de metros cúbicos diários em 2020.

Na área de biocombustíveis, o etanol concentrará maior parte dos investimentos, de R$ 97 bilhões.

O aumento da frota "flex" no mercado brasileiro irá impulsionar a demanda por etanol que, segundo a EPE, deverá triplicar na década, passando de 27 bilhões de litros em 2010 para 73 bilhões em 2020-- sendo 6,8 bilhões de litros para exportação.

A estimativa é que a oferta de energia elétrica até 2020 aumente em 55%, saltando de uma capacidade instalada de 110.000 megawatts (MW) em dezembro de 2010 para 171.000 MW em 2020.

As fontes renováveis --hidráulica, eólica e biomassa-- terão prioridade, segundo Tolmasquim. Mas o plano prevê também a construção de térmicas movidas a combustíveis fósseis, em especial o gás natural.

Com relação às energias renováveis, haverá queda da participação da fonte hidrelétrica na matriz, de 76% para 67% no período. Já a geração de outras fontes alternativas, como usinas eólicas, térmicas à biomassa e PCHs (pequenas centrais hidrelétricas), vai dobrar em dez anos, de 8% para 16%.

O destaque nesta área é a geração eólica, que irá saltar de 1% para 7% da matriz em uma década. Com isso, a fatia de fontes renováveis se manterá em torno de 83% ao final do decênio.


Fonte: Folha de São Paulo por Leila Coimbra.

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