sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ferramentas para produzir e preservar

O Grupo André Maggi e o Grupo Marfrig organizaram um encontro entre representantes do setor produtivo e a equipe do Prince´s Rainforest Project para discutir formas de conciliar o aumento da produção agropecuária brasileira com a preservação das florestas.

Um dos principais temas da reunião, realizada nesta terça-feira (04/05), em Cuiabá, foi a criação de mecanismos que garantam o acesso ao fundo provisório para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD).

O Prince´s Rainforest Project é uma iniciativa criada em 2007 pelo próprio príncipe de Gales, que visa oferecer condições para que o agronegócio continue a fornecer alimentos à população mundial sem que seja necessária a abertura de novas áreas.

Em novembro do ano passado, um mês antes da Conferência Climática de Copenhague, o príncipe Charles reuniu-se em Londres com os empresários brasileiros para uma primeira rodada de debates. A partir daquela reunião nasceu a ideia de um novo encontro. Desta vez no Brasil.

Segundo Jack Gibbs, um dos diretores do Prince´s Rainforest Project, aproximadamente US$ 4.5 bilhões em financiamentos públicos foram inicialmente prometidos para imediato início das atividades para reduzir o desmatamento entre os anos de 2010 e 2012.

“Todos reconhecemos a importância do agronegócio e da preservação das florestas, mas precisamos ajudar o setor produtivo em termos de políticas e incentivos para que este objetivo seja alcançado”, argumentou Jack.

INICIATIVAS

O Grupo André Maggi tem participado de algumas das mais importantes iniciativas de produção sustentável, como a Mesa Redonda da Soja Responsável e a Moratória da Soja.

O presidente do Grupo, Pedro Jacyr Bongiolo, avaliou positivamente a segunda rodada de debates. “Foi uma grande oportunidade de trocarmos ideias e avançarmos no sentido de criar projetos para manter a floresta em pé e também tornar a compensação financeira uma realidade”, comentou Bongiolo.

O encontro contou com representantes do setor industrial, como a Cargill; de organizações como a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e Instituto Ambiental da Amazônia (Ipam); das embaixadas do Reino Unido e França, de várias Organizações Não Governamentais; do ex-governador Blairo Maggi; e do Governo de Mato Grosso, com a presença do secretário de Meio Ambiente (SEMA), Alexander Maia.

Com convidados de diferentes áreas, mas com um mesmo objetivo, a reunião evoluiu também para discussões sobre questões de logística, legalidade do processo e geração alternativa de energias, como a bionergia.

O diretor de Sustentabilidade do Grupo Marfrig, Ocimar Villela, destacou a necessidade do incentivo à verticalização do processo produtivo e de investimentos em hidrovias e ferrovias para eliminar os gargalos que encarecem o transporte. “Quem ganha com este encontro é o Brasil, uma vez que os agentes envolvidos na produção estão engajados em encontrar soluções”, avaliou Vilela.

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