quinta-feira, 14 de abril de 2011

Esverdear as urbes = abonar a vida

A sociedade humana destaca-se pela capacidade que possui de unir esforços e agregar-se social e economicamente ao redor de interesses. Vocês já notaram que há casos que em pouco tempo o homem consegue urbanizar grandes áreas. No entanto, também podemos citar casos que a sociedade parece estar inerte a respeito de temas que se enfrentados de frente poderia melhorar a qualidade de vida das populações.

Um desses temas é a necessidade de arborizar as áreas urbanas, ou seja, “esverdear” as cidades, afinal de contas o “verde” é sinônimo de vida.

O processo do êxodo rural que o Brasil viveu nas últimas décadas levou ao surgimento de áreas urbanas sem qualquer planejamento. Deve ficar claro, que não se trata somente da saída de milhões de pessoas do campo para as cidades, mas sim, da chegada às áreas periféricas para residir sem a infraestrutura adequada. Como bem demonstra muitos exemplos, nossas cidades, com o passar dos anos e por pressão eleitoral, parte desses espaços periféricos receberam água encanada, guias de sarjetas, asfalto, calçadas, galerias de águas fluviais, iluminação pública e até mesmo em muitas cidades a rede de esgoto.

Agora, vindo ao encontro de nosso tema, o que se observa, hoje, é que a arborização vem sendo deixada de lado. Existe uma selva de pedras nas cidades e sentimos na pele a aridez pela falta do verde. Inserir árvores nas cidades de forma planejada e adequada vem sendo um dos grandes desafios urbanos. A maioria da população parece não estar ciente da necessidade de recomposição de ambientes mais verdes nas cidades cinzentas, pois essa ação traria uma melhor qualidade de vida para seus habitantes.

Não por acaso, que fazemos a defesa dessa tese, já que a arborização traz benefícios, como: purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos (pela reciclagem de gases através dos mecanismos fotossintéticos); melhoria do microclima da cidade (através da retenção da umidade do solo e do ar e pela geração de sombra – evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as pessoas); redução na velocidade do vento (funcionando como uma barreira em caso de outras dessas grandes tempestades que vem assolando o Brasil); influência no balanço hídrico, favorecendo infiltração da água no solo e provocando evapo-transpiração mais lenta; abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, conseqüentemente influenciando positivamente para um maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vetores de doenças e até mesmo amortecimento de ruídos. Outro grande benefício é o aumento da umidade do ar. Uma árvore isolada pode transpirar, em média, 400 litros de água por dia, produzindo um efeito refrescante.

Temos que ser ambiciosos na busca do “esverdear” as urbes. Mas, que tal você começar arborizando a frente de sua casa ou o quintal com uma árvore frutífera. Nada melhor do que chupar uma fruta no pé!

Reflitam sobre o assunto e plante, já que só assim você ira colher sombra, frescor, verde, vida, flores e frutos! Para descontrair fechamos o artigo com um trecho da letra da música de Vanessa da Mata que diz o seguinte: “Quando um homem tem uma mangueira no quintal/Ele não é goiaba!”. Então… não seja goiaba, tenha uma mangueira no quintal!!


Fonte:   Júlia Gabriela V. B. de Melo: acadêmica de administração da UFMS – Campus de Três Lagoas (MS) e Marçal Rogério Rizzo: economista e professor da UFMS – Campus de Três Lagoas (MS)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Algumas Eco-Técnicas:

 


CASCAJES


São tetos feitos de painéis abobadados com uma largura de 50 cm e podem cobrir um vão de até 4 metros. Alem de ser pré-fabricado, este sistema de ferrocimento tem a vantagem de economizar material básico, cimento, pois os painéis são muito finos, com um pouco mais de 1 cm de espessura, engrossando até uns 3 cm nos cantos. As cascajes podem ser usadas tanto como tetos ou como lajes para poder fazer a casa em vários estágios depois. Neste caso o teto vira laje sem mexer com a estrutura, só precisa nivelar os vales entre as curvas.



CASA PRÉ-MOLDADA

É uma casa construída com todos os elementos pré-moldados, utilizando-se a técnica do plasto com exceção das paredes que são construídas de forma tradicional, ou seja, de pau-a-pique ou tijolos.



CAIXA D’ÁGUA

Pode ser construída com a técnica dos plastos. Sendo assim, sua resistência e durabilidade estão relacionadas com a configuração, ou seja, com a forma que as placas de cimento serão montadas.



PLASTO

É uma técnica que substitui a argamassa armada – também conhecida como ferrocimento – pois utiliza na sua produção tela de fachada no lugar da tela de galinheiro, construindo finas placas pré-moldadas (12mm de espessura). Com essas placas são montadas caixas d’água, escadas, filtros, móveis e lajes.



BASON

E um sanitário seco que substitui o tradicional vaso sanitário, onde inclusive deve-se jogar os restos orgânicos domésticos. Todo esse material sofre o processo biológico da compostagem aeróbica e se transforma em adubo.



FILTRO BIOLÓGICO

Tem por finalidade filtrar a água da chuvas, nascentes e açudes. A passagem lenta da água pela areia permite, após três dias, que se forme sobre a superfície de areia, uma camada de limo que fará a filtragem fina. Este limo é um eficiente filtro biológico que trabalha retendo e digerindo microorganismos nocivos por ventura existentes na água.



SILOS

São uma construção impermeável que tem por finalidade armazenar cereais. São construídos com argamassa e sacos de plástico, através de uma técnica chamada plasto, adquirindo a forma de uma bola de futebol. Os silos de plasto também podem ser usados como caixa de água e basta, para isso, reforçar a base com apoios feitos com tijolos. Pode-se armazenar assim uns dois mil litros.



Sistemas e Materiais Ecológicos:


01- argamassas ecológicas;

02- blocos cerâmicos e blocos de concreto reciclado;

03- cal obtida sem emissão de gás carbônico;

04- cimentos fabricados com resíduos industriais;

05- colas de base d’água;

06- base vegetal e sem odor;

07- energia eólica;

08- energia solar;

09- mini-estações de tratamento e reúso de água e esgoto;

10- painéis divisórios reciclados e de resíduos vegetais;

11- paisagismo sustentável;

12- pisos ecológicos;

13- resinas ecológicas e à base de água;

14- sistemas de captação e aproveitamento de água de chuva;

15- sistemas para controle e gestão dos resíduos domésticos;

16- telhas e cumeeiras recicladas;

17- tijolos sustentáveis;

18- tintas atóxicas;

19- tubos e conexões de plástico atóxico ( sem PVC) e de plástico reciclado;

20- vernizes ecológicos.


Um grande e bom exemplo de construção sustentável é o Bed Zed, um condomínio habitacional e de escritórios, localizado em Londres, que funciona com baixo consumo de energia e auto-sustentabilidade.


Características do Bed Zed :


•Uso de placas fotovoltáicas para geração de energia

•Miniestação geradora de energia a base de lascas de madeira.

•50% da água são tratadas, purificadas e reutilizadas.

•Coberturas verdes.

•Postos de abastecimento para carros elétricos.

•Localização do projeto próxima a boa infra-estrutura de transportes.

•Iluminação bem aproveitada.

•Ventilação bem elaborada, evitando o uso de ar-condicionado.

•Uso de materiais reciclados, reaproveitados e de fontes próximas ao local.

•Equipamentos sanitários com baixo consumo de água.

•Eletrodomésticos ecológicos.

•Coleta de lixo reciclável



 Fonte: site Mundo Sustentável

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