sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pesquisadores identificam plantas que podem ajudar no combate à contaminação da água por metais pesados


A chave para o tratamento de rios e lagos contaminados por metais pesados pode estar na própria natureza. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Lavras (Ufla) está identificando uma série de plantas que podem acusar a existência de elementos tóxicos que comprometem a qualidade da água. São os chamados bioindicadores. Além disso, o estudo tem se dedicado ao conhecimento de algumas espécies que têm o poder de remover os contaminantes do ambiente aquático, processo mais conhecido como fitorremediação.

Uma das primeiras plantas analisadas pela equipe, conhecida como orelhinha-de-onça (Salvinia auriculata), era vista como invasora nas proximidades da Usina Hidrelétrica do Funil, situada próxima aos municípios mineiros de Perdões e Lavras. No entanto, as análises da universidade mostraram que ela pode, na verdade, ajudar a limpar o local.

A atividade industrial, a mineração e a própria agricultura têm sido os principais fatores responsáveis pelo depósito de elementos tóxicos, entre eles os metais pesados, em ambientes aquáticos ou terrestres. “Muitas coisas utilizadas no dia a dia resultam em elementos tóxicos, seja na sua produção ou durante a utilização”, explica o professor da Ufla e coordenador da pesquisa, Evaristo Mauro de Castro.
     
Dependendo do elemento que contamina o corpo d’água, uma mesma espécie de planta pode atuar como bioindicadora ou como fitorremediadora. Isso vai depender do grau de tolerância que a espécie possui para cada elemento. “Outro fator que afeta a seleção da espécie é o ambiente, ou seja, se é terrestre ou aquático”, destaca Fabrício José Pereira, doutorando em fisiologia vegetal pela Ufla. Além da orelhinha-de-onça, plantas aquáticas como a taboa (Typha angustifolia e Typha domingensis), o aguapé (Eichhornia crassipes), a alface-d’água (Pistia stratiotes) e a cruz-de-malta (Ludwigia octovalvis) têm apresentado excelentes resultados como fitorremediadoras. “Todas essas espécies ocorrem em Minas Gerais e em outras regiões do Brasil, e são particularmente abundantes no Pantanal”, enfatiza Fabrício.

Bastante comum nas regiões cobertas por reservatórios como Furnas e Funil, no sul de Minas, e em regiões como a do Vale do Rio Doce, a orelhinha-de-onça foi considerada uma espécie invasora e daninha por muito tempo. “Isso devido ao grande crescimento populacional e à alta tolerância a diferentes condições ambientais”, afirma Castro. Entretanto, é justamente a capacidade de suportar adversidades que torna a espécie uma removedora de metais pesados em potencial.

Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa — que também contou com o trabalho da engenheira sanitarista e ambiental Graziele Wolff — a S. auriculata demonstra importantes propriedades para monitorar e limpar ambientes contaminados por zinco. “Essa espécie apresentou capacidade para acumular zinco proporcionalmente ao aumento dessa substância na solução, sendo capaz de manter a produção de biomassa (massa seca da planta produzida durante o seu crescimento) até determinada concentração. Já em concentrações mais altas, ela demonstra redução na biomassa”, explica Castro. Isso significa que, enquanto a quantidade de metal for reduzida, ela pode ser usada para purificar o ambiente. Caso a poluição por zinco chegue a níveis mais altos, ela dará o alerta.

Uso ainda restrito
Na avaliação da doutora em citologia e genética Agnes Barbério, da Universidade de Taubaté (Unitau), a fitorremediação é uma técnica ainda pouco difundida no Brasil, porém bastante utilizada em países da Europa e nos Estados Unidos. “As plantas fitorremediadoras requerem alguns requisitos, como raízes profundas e bem desenvolvidas na capacidade de absorção, crescimento acelerado e metabolismo capaz de resistir ao poluente que se deseja eliminar”, explica. De acordo com ela, em alguns momentos, essas espécies precisam sofrer modificações genéticas para se tornarem fitorremediadoras. “Entre os poluentes frequentemente alvos estão os metais pesados, os pesticidas, os herbicidas, entre outros”, afirma.

Embora as técnicas utilizadas pareçam não apresentar nenhum contraponto negativo, segundo a especialista, vale ressaltar que algumas plantas usadas para despoluir precisam ser corretamente descartadas. “Caso contrário, acabam contaminando o solo e a água subterrânea.”

Na região do Vale do Paraíba, situada entre o eixo Rio de Janeiro-São Paulo, a cebola (Allium cepa) e o coração-roxo (Tradescantia pallida) são utilizados em alguns municípios para monitorar a qualidade da água e do ar, respectivamente, por meio de um núcleo de pesquisa coordenado por Agnes.

A especialista defende que o monitoramento da água e do ar é imprescindível, principalmente pelo fato de a água ser um recurso finito. “São mecanismos que nos permitem diagnosticar rapidamente a situação ambiental em determinada área de estudo. Isso também é importante para que nossos alunos e jovens pesquisadores se preocupem com a questão ambiental e se tornem defensores da saúde do planeta”, aponta.


Fonte:   Correio Braziliense / Gisela Cabral

terça-feira, 25 de maio de 2010

Através de materiais mais simples e naturais, podemos limpar não somente nossa casa, mas também ajudar a limpar o planeta.

Soluções Alternativas:

* Limpar Tudo: Solução de 4 colheres de sopa de bicarbonato de sódio em um litrode água morna. Adicione uma colher de sopa de vinagre branco, ou suco de limão,para dissolver a gordura.
* Desentupir pia: Jogue no ralo um punhado de bicarbonato de sódio, algumascolheres de vinagre branco e água fervente.
* Limpar vidro: Passe uma solução com água e vinagre, e depois use jornal paradar brilho.
* Desodorizante de ambiente: 4 colheres de sopa de vinagre num pratinho colocadosob um móvel. As plantas também funcionam como ótimos purificadores do ar.
* Para encerar: Misturar uma parte de óleo vegetal, como a linhaça, com outraparte de suco de limão ou vinagre, e aplique com uma flanela.
* Para lustrar móveis: Fazer uma solução de uma parte de suco de limão e duaspartes de óleo vegetal. Dê brilho com uma flanela.
* Desinfetante sanitário: Misturar bicarbonato de sódio com vinagre.
* Adubo natural: Um verdadeiro adubo para as plantas pode ser obtido comsubstâncias normalmente desprezadas e desperdiçadas. A água que cozinha asbatatas (sem sal e fria), a água da lavagem do arroz, os restos de chá preto,borra do café – tudo isso funciona como um excelente adubo. Da mesma maneira, ascascas de batata e de cenoura podem ser colocadas diretamente nos vasos paraajudar o desenvolvimento das plantas.
* Pesticida natural: Ferver folhas de ruibarbo, durante meia hora, em quatrolitros de água. Acrescentar uma colher de chá de sabão de coco, para a misturaaderir às folhas e expulsar os pulgões.
* Tira ruído : Se a porta estiver rangendo, faça uma mistura de raspa de grafite(ponta de lápis) e algumas gotas de óleo de cozinha. Coloque aos poucos nasdobradiças, fazendo um movimento de abrir e fechar a porta, para que a misturapenetre bem nas dobradiças.
* Tira manchas: Manchas de gordura são retiradas com uma mistura de água quentecom sabão e umas gotas de detergente (de preferência, biodegradável). Lavar e,se restar algum vestígio, polvilhar talco e deixar por algumas horas; esfregarum pedaço de cebola também resolve. Manchas de frutas e doces desaparecem comálcool ou vinagre branco, e manchas de tinta de escrever devem ser lavadas comleite. Na falta do leite, também pode ser usado um punhado de sal umedecido comlimão e colocado sobre a mancha, lavando-se em seguida. Mancha de cafédesaparece esfregando imediatamente, e com paciência, uma pedrinha de gelo atéque a mancha suma.
* Espantar moscas e mosquitos: Folhas de louro, eucalipto e manjericão,maceradas em água ou espalhadas pelo ambiente.
* Evitar traças: Usar cânfora, em vez de naftalina. É tão eficiente e menostóxica.
* Afastar pulgas: Lavar os animais de estimação com água e sabonete (depreferência, feito com óleo de neem, que possui uma ação repelente sem sertóxica). Enxugar. Aplicar a seguinte solução para manter as pulgas à distância:2 colheres de sopa de alecrim fervidas em um litro de água. Espalhar também pelacasa folhas de erva-de-Santa-Maria e poejo.
* Afastar os parasitas das plantas: Colocar no liquidificador 3 cebolas, 1cabeça de alho, 2 pimentas-malagueta e 1 colher de sabão em barra. Bater commeio litro de água e espalhar esta mistura nas plantas. Pode-se também colocaralguns dentes de alho em um pouco de água (se possível, de chuva) e deixarimpregnar por cerca de dez dias. Usar, então, em um spray, para pulverizar asplantas.
* Pasta de limpeza: Em vez de desperdiçar os restos de sabão (de preferência,biodegradável), reaproveite-os em uma excelente pasta de limpeza. Basta deixaros restos de sabão de molho em um pouco de água (o necessário para formar umapasta) e, depois, misturar uma colher de vinagre e duas colheres de açúcar. Estápronta sua pasta de limpeza!
* Tira humidade: Coloque um recipiente com pedaços de carvão no fundo dosarmários, ou então pendure pedaços de giz. Sempre com o cuidado de não sujar asroupas.
* Fórmula mágica: A velha combinação de água quente e sabão (de preferência,biodegradável) continua sendo o melhor detergente. Ela limpa pisos de cerâmica,ladrilhos e azulejos, tira manchas de parede e a gordura das superfícies. E,melhor ainda, não ajuda a poluir a Terra.
* Evite a indústria dos descartáveis: prefira o coador de pano, os alimentosfora das bandejas de isopor, o copo de vidro, o guardanapo de pano, enfim, todoproduto que se use, lave e use novamente, em vez de jogar fora. Assim, vocêeconomiza os recursos da natureza e diminui a quantidade de lixo, um dos grandesproblemas do nosso tempo;
* Não "varra" nada com água, e sim com uma vassoura;
* Quando for molhar os vasos de plantas, coloque um prato embaixo para apanhar aágua em excesso, e utilize essa água para molhar outras plantas;
* Quando trocar a água de seus animais de estimação, use a antiga para molhar asplantas;
* Cerca de 75% da água que consumimos em casa são gastos no banheiro. 32% doconsumo doméstico de água vêm dos chuveiros: um banho de chuveiro gasta cerca de20 litros de água por minuto. Por amor à vida do planeta, deixe a torneiraaberta somente para se molhar e retirar o sabonete do corpo.
* Com a torneira aberta, são desperdiçados de 50 a 80 litros de água enquanto seescova os dentes, ou se faz a barba. Abra a torneira somente quando fornecessário. Uma torneira aberta deixa correr de 12 a 20 litros de água porminuto. Depende de você não desperdiçá-los.
* Para lavar o carro com uma mangueira permanentemente aberta, mais de 600litros de água são gastos!
* Se puder, recolha a água da chuva em baldes e a utilize para diferentesfins. Em nossas cidades cimentadas, sem a terra para absorvê-la, a água da chuvatermina nos bueiros, misturada aos esgotos. É um presente do céu, desperdiçado.
* Regue suas plantas de manhã cedo. Durante o dia, a evaporação da água é bemmaior e, à noite, aumenta o risco de proliferação de fungos;
* Plantas nativas consomem 54% menos água, são mais saudáveis e não esgotam o solo;
* Afofar a terra frequentemente melhora a drenagem, diminui a quantidade de águapor rega e afasta os insectos que se alimentam das raízes;
* Não utilize pesticidas e, principalmente, não os jogue pelo ralo ou no solo.Eles vão contaminar o sistema de esgotos e contribuir para a poluição das águas;
* Se tiver de usar detergente (existem várias soluções alternativas eficientes enão poluidoras), utilize quantidades mínimas e se certifique de que ébiodegradável;
* Manuseie cuidadosamente os restos de tinta e procure se desfazer deles demaneira racional, dando, por exemplo, para alguém que precise. Lave os pincéisna pia, para que a tinta seja levada a uma estação de tratamento de água. Naterra, a tinta infiltra-se e alcança o subsolo, contaminando o lençol freático.Três litros de solvente, por exemplo, podem contaminar 60 milhões de litros deágua subterrânea;
* Racionalize o uso de pilhas e as encaminhe às caixas coletoras específicas:elas contaminam fortemente a água e o solo, com mercúrio e cádmio, e aatmosfera, com vapores tóxicos;
* Não troque o óleo do carro na rua, ou em oficinas em que não conheça o destinodado a ele. Óleo jogado no chão pode se infiltrar no solo e contaminarmananciais. Uma lata de um litro de óleo para motor é capaz de poluir um milhãode litros de água potável. Jogar óleo no esgoto (ou na rua, onde acabaráchegando ao esgoto) é o mesmo que despejá-lo directamente num rio, ou lago. Eapenas meio litro de óleo é suficiente para gerar uma mancha venenosa demilhares de metros quadrados;
* Os desinfectantes sanitários, coloridos e perfumados, são levados pelo sistemade esgotos e acabam poluindo rios, lagos e mares.


Fonte: Eco-Gaia.net

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Saiba quanto custa investir em um estilo de vida sustentável


Cozinha do protótipo de casa popular sustentável de 40m²; saiba o que compensana nahora de deixar a casa econômica e saudável.           Em uma definição simplista e ideal, uma casa sustentável é amiga do planeta e do orçamento doméstico, confortável, bonita e saudável.

No mundo real, ainda há muita confusão entre o que é apenas marketing verde, para vender produtos ditos ecológicos, e o que é sustentável de fato. E muito mais dúvidas à respeito de quanto custa ou quanto vale a pena gastar para alcançar esse ideal.       Além dos argumentos sobre a importância das atitudes que garantem o futuro da humanidade, também é preciso convencer o consumidor de que os produtos para isso não são necessariamente mais caros. Ou que são apenas um pouco mais caros, mas que se pagam com a economia que geram.

"No último ano, a venda de produtos para a construção sustentável cresceu 30%", diz Marco Gala, diretor de marketing da Leroy Merlin, cadeia de megalojas de material de construção. Segundo ele, o crescimento do mercado fez os preços baixarem.

Mesmo assim, a produção em menor escala e envolvendo uma série de custos extras, como o da certificação, faz com que, na maioria das vezes, o preço final seja mais alto do que opções menos sustentáveis.

Mas a coisa começa a mudar de figura. Segundo Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia, a economia gerada pelos procedimentos e materiais ecologicamente corretos paga o custo em um tempo relativamente curto.

Ferreira participou da criação de um protótipo de casa sustentável de 40 m2, apresentado na Ambiental Expo 2010 no final de abril, em São Paulo.

Idealizado pela Fundação Vanzolini e pela Inovatech, a proposta foi criar um projeto de casa popular adotando critérios de sustentabilidade.

De acordo com Ferreira, o preço final ficou aproximadamente 10% mais caro que o de uma casa popular padrão. "Mas a economia que a casa sustentável gera paga essa diferença em pouco tempo", afirma.

Manuel Carlos Reis Martins, coordenador do Processo Aqua, pondera que melhorar a forma com que a casa se relaciona com o meio ambiente ao longo de sua vida útil -a chamada ecogestão- está diretamente ligada ao melhor aproveitamento de água e energia.

Os recursos mais viáveis para deixar a casa verde são os que trazem esse tipo de economia. E nem tudo é novidade ou envolve alta tecnologia.

Os arejadores de torneira, por exemplo, que já existiam muito antes da moda da expressão "aquecimento global", representam uma economia de 10% a 30% de água, segundo Ferreira. Encontrados em qualquer loja de material para construção, os arejadores se encaixam na maioria dos modelos de torneira.

As válvulas de descarga de duplo-fluxo, que tem dois botões (para resíduo líquido ou sólido), gastam três ou seis litros de água por descarga. Uma válvula normal gasta, no mínimo, três vezes mais: 18 litros.

Bacias com caixa acoplada são as de mais fácil instalação e manutenção, mas há opções de válvulas de parede duplo-fluxo. O custo aqui, para quem tem uma válvula convencional, é fazer a troca, que exige obra, quebrar azulejos etc.

Dá uma certa dor de cabeça e gera o lixo da obra. "Pensar como serão destinados os resíduos de uma obra também é requisito da construção sustentável", lembra Martins.

Em relação à economia de recursos, as lâmpadas frias são os produtos que mais rapidamente "fecham a conta", segundo Luiz Henrique Ferreira.

Elas podem custar até quatro vezes mais do que uma lâmpada incandescente, mas duram sete mil horas, contra as duas mil horas da lâmpada comum.

A pior parte, que é a iluminação fria e com cara de hospital das lâmpadas fluorescentes antigas, foi parcialmente resolvida com o surgimento de lâmpadas frias em diferentes "temperaturas de cor", como a amarela, que produz um efeito mais próximo da incandescente.

Já a lâmpada LED, com tecnologia mais avançada e maior economia de energia, é a mais cara de todas. É indicada para quem quer pagar o preço de uma iluminação cenográfica, embutida no teto ou em spots.

Entrando na seara de quem quer e pode pagar, o céu é o limite. Aqui, paga-se o preço da tecnologia, do design e da grife. Se, no lugar da casa popular, a proposta é uma cobertura de 400 m2 na região dos Jardins, em São Paulo, as exigências do projeto aumentam a demanda por produtos mais sofisticados.

"Mas temos que buscar eficiência, não desperdício. O custo da decoração e da manutenção devem ser ajustados", afirma Paola Figueiredo, vice-presidente do grupo Sustentax, que atua na elaboração de projetos de sustentabilidade.

Um dos trabalhos do grupo é justamente a reforma da tal cobertura nos Jardins segundo os critérios de sustentabilidade. "Eles são compatíveis com o bom gosto e o conforto. A casa não precisa ser quase uma oca", diz Figueiredo.

O conforto-luxo, permite, por exemplo, economizar água e luz sem ter de se preocupar com isso. Sensores eletrônicos se encarregam de desligar a luz, quando não há ninguém no ambiente e as torneiras se fecham automaticamente.

Como tudo isso pode ser feito manualmente, a pergunta é: qual preço a pessoa quer pagar -o financeiro, na compra do produto, ou o de se envolver de fato na mudança de hábitos para uma vida mais sustentável?

Além das intenções de cada um, o preço de ser verde depende das condições de cada casa e dos hábitos de seus moradores.

O painel de aquecimento solar, um lugar-comum da sustentabilidade, não é barato. Mas Luiz Henrique Ferreira afirma que a coisa se paga em dois anos, se a instalação for fácil (por exemplo, quando se está construindo uma casa e ele foi pensado desde o projeto).

Para instalar um painel desses em uma casa pronta, não tem jeito: é obra, gera entulho e nem sempre fica bom. O custo, nesse caso, é uma incógnita.

Já a placa fotovoltaica, um equipamento mais sofisticado que transforma a luz solar em energia elétrica, entra para o grupo dos produtos que não fecham a conta. Segundo Ferreira, é precisa economizar energia com a placa por 50 anos para o investimento zerar.

Cisternas para captar água da chuva podem sair caro ou barato. Se há jardim para regar, varanda para lavar e tubulação para levar a água captada para os vasos sanitários, o investimento se paga. Se não, é guardar água para nada.

Calcular a relação custo/benefício pode ser uma balde de água fria nas boas intenções de quem quer fazer as pazes com o meio ambiente. E o cálculo não é só o preço final de cada produto, mas pensar no objetivo e alcance de cada coisa. Se separar o lixo é uma forma, barata inclusive, de ser mais sustentável, de nada adianta a boa vontade se não houver um esquema de coleta seletiva no bairro, certo?


Fonte: Folha Online por Iara Biderman

terça-feira, 18 de maio de 2010

Organizações preparam cartilha para que educadores estimulem jovens a preservar o meio ambiente

Brasília – Três organizações não governamentais preparam o lançamento da cartilha Investigando a Biodiversidade: Guia de Apoio aos Educadores do Brasil. O objetivo é fazer com que os educadores consigam estimular os alunos para a preservação e conservação da biodiversidade a partir de sugestões didáticas e lúdicas. O guia é voltado para adolescentes de 11 a 14 anos. Mas, segundo os responsáveis, as atividades podem ser adaptadas para grupos de crianças e até adultos.

As entidades envolvidas são a WWF-Brasil, a Conservação Internacional e o Instituto Supereco. No Brasil desde 1996, a WWF é ligada à entidade internacional de mesmo nome presente em 100 países. Criada em 1987, a Conservação Ambiental está presente no Brasil e em mais 43 países. A brasileira Supereco foi criada em 1994 e desenvolve programas educativos, sociais e culturais na área de meio ambiente especialmente da Mata Atlântica.

A cartilha é uma adaptação brasileira para o material Exploring Biodiversity, publicação conjunta da Conservação Internacional e do WWF. O lançamento faz parte das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade e do Dia Internacional da Biodiversidade comemorado no próximo sábado (22).

O guia para os educadores estará disponível a partir de amanhã (18) nos sites da Conservação Internacional (www.conservacao.org), Instituto Supereco (www.supereco.org.br) e WWF-Brasil (www.wwf.org.br).

O material, com 133 páginas, reúne textos e atividades práticas. O enfoque é a realidade brasileira. O guia estimula os estudantes a investigar, analisar e reconhecer a importância da biodiversidade, observando os serviços ambientais existentes e as espécies ameaçadas de extinção.


Fonte:  Agência Brasil

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Você sabia que, apesar de serem utilizados amplamente como sinônimos, preservação e conservação são conceitos distintos?


O preservacionismo e o conservacionismo são correntes ideológicas que surgiram no fim do século XIX, nos Estados Unidos. Com posicionamento contra o desenvolvimentismo - uma concepção na qual defende o crescimento econômico a qualquer custo, desconsiderando os impactos ao ambiente natural e o esgotamento de recursos naturais – estas duas se contrapõem no que se diz respeito à relação entre o meio ambiente e a nossa espécie.

O primeiro, o preservacionismo, aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico e/ou utilitário, apontando o homem como o causador da quebra deste “equilíbrio”. De caráter explicitamente protetor, propõe a criação de santuários, intocáveis, sem sofrer interferências relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação. Em outras palavras, “tocar”, “explorar”, “consumir” e, muitas vezes até “pesquisar”, torna-se, então, uma atitude que fere tais princípios. De posição considerada mais radical, este movimento foi responsável pela criação de parques nacionais, como o Parque Nacional de Yellowstone, em 1872, nos Estados Unidos.

Já a segunda corrente, a conservacionista, contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela nossa espécie, executando um papel de gestor e parte integrante do processo. Podendo ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo, o pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas, e é alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida hoje, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras. Redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões econômicas são alguns de seus princípios. Inclusive, este propõe que se destinem áreas de preservação, por exemplo, em ecossistemas frágeis, com um grande número de espécies endêmicas e/ou em extinção, dentre outros.

Tais discussões começaram a ter espaço em nosso país apenas em meados da década de setenta, com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, quase vinte anos depois. Em razão de a temática ambiental ter sido incorporada em nosso dia a dia apenas nas últimas décadas, tais termos relativamente novos acabam sendo empregados sem muitos critérios – mesmo por profissionais como biólogos, pedagogos, jornalistas e políticos. Prova disso é que a própria legislação brasileira, que nem sempre considera uso correto destes termos, atribui a proteção integral e “intocabilidade” à preservação; e conservação dos recursos naturais, com a utilização racional, garantindo sua sustentabilidade e existência para as futuras gerações, à conservação.

Fonte:  Mundo Educação/Biologia

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Natural, sim. Sustentável, nem sempre

Cuidado: camisetas, cosméticos e utensílios vendidos como 'verdes' podem ser ecológicos só na embalagem


A palavra natural é muitas vezes usada para induzir o consumidor a pensar que um determinado produto é sustentável, ecológico ou ainda benéfico para a saúde. Mas esse termo não significa nada além de algo que seja proveniente da natureza, mesmo que tenha sido extraído de forma predatória ao ecossistema e à saúde humana. Mesmo assim, muitas indústrias baseiam seu marketing em cima desse falso conceito para criar uma imagem simpática à determinado produto.

Um bom exemplo é o algodão, usado em grande escala pela indústria têxtil e vendido como uma fibra natural ecológica. "A fibra é natural, mas a maneira como ele é cultivado pode ser prejudicial ao meio ambiente", explica Tais Aline Remunhão, professora de tecnologia Têxtil da Faculdade Santa Marcelina.

Segundo a Fundação Justiça Ambiental (EJF na sigla em inglês), essa lavoura é considerada a mais tóxica do mundo, pois representa 2,4% de áreas cultivadas e utiliza 25% dos pesticidas e agrotóxicos aplicados em todo o planeta. Os pesticidas envenenam até 5 milhões de agricultores por ano, hospitalizam 1 milhão e matam 20 mil.

"Para cada camiseta de algodão que pesa 250 gramas são usados 160 gramas de agrotóxicos", diz Taís. Outro ponto negativo no cultivo de algodão é seu alto consumo de água na irrigação: para cada botão da planta são necessários mais de 2,5 litros.

Segundo ela, em países quentes como o Brasil, o algodão é muito usado pois dá conforto e permite a respiração do corpo. E este bem-estar é muitas vezes vendido como ecológico.

Mas a verdadeira cultura sustentável do algodão é a orgânica, sem o uso de agrotóxicos ou pesticidas. Em 2009, esse tipo de produção cresceu 20%, segundo a Organic Exchange, associação internacional de algodão orgânico. No entanto, esse volume representa apenas 0,76% da produção mundial.

Bambu. Outra matéria-prima que induz o consumidor ao erro no setor têxtil é o bambu. O que muitas malharias chamam de tecido de bambu simplesmente não existe. Ele nada mais é do que uma viscose que usa, entre outras coisas, a fibra celulósica do bambu. "Tecido de bambu é uma fraude. A fibra desta planta tem no máximo 3 milímetros de comprimento e para fazer um tecido é preciso 30 milímetros", explica Hans-Jürgen Kleine, da diretoria da Associação Catarinense do Bambu. "A fibra é desmanchada com químicos e o processo de construção do tecido é todo sintético."

Se tecidos de bambu não passam de enganação, pisos e utensílios podem, sim, ser feitos com bambu ecológico. Isso porque seu cultivo é sustentável: não exige adubo, herbicidas e quanto mais se corta, mais cresce. A brasileira Welf, por exemplo, tem artigos para a casa em bambu sustentável. "Não usamos produto químicos e nossa cola é atóxica", diz o diretor Peter Kirsner.

Maquiagem mineral. Outra confusão frequente é a de que maquiagem mineral é eco-friendly. "Toda maquiagem tem ingredientes minerais. Nas ditas "minerais", o que acontece é a substituição de algumas substâncias, aliada a um marketing de produto natural, que não agride a pele", explica Monica Gregori, diretora da Natura. "Mas os ativos continuam sendo de alto impacto ambiental, de fontes não renováveis." A lógica é simples: os minérios um dia vão acabar se continuarem sendo extraídos. Segundo Monica, a Natura procura substituir minerais por ativos vegetais, como o maracujá.

Há ainda cosméticos ditos naturais que usam apenas uma pequena porcentagem de ingredientes de origem vegetal, mineral ou animal. E ainda assim a maioria não é cultivada de maneira sustentável.

Fitoterápicos. Remédios naturais também são fonte de confusão entre os consumidores. Nem todas as fórmulas contém ingredientes orgânicos e sustentáveis, como muitos acreditam. "Estamos verificando não somente a maneira como os fitoterápicos são produzidos, mas também focamos na responsabilidade pelo uso e exploração da biodiversidade", diz Tom Vidal, gerente comercial da IBD, empresa que faz inspeções sobre matéria-prima natural no Brasil.

A Weleda é um dos poucos exemplos no Brasil que utiliza 100% de matérias-primas naturais em seus produtos, manejados de forma orgânica ou biodinâmica e seguindo os princípios do comércio justo. Além de serem utilizados para os cosméticos, também servem de insumo para seus remédios naturais.

E é aí que o consumidor pode se empolgar e ter problemas. "O fato de o remédio ser natural não significa que não tenha alta concentração de um ingrediente ativo", explica Walter Büssem, gerente da Weleda.

"O principal pecado é não ler a bula. Há quem tome ginseng por longos períodos, mesmo estando escrito que ele não deve ser ingerido por mais de três meses, já que pode afinar o sangue e causar outros problemas", diz Büssem.


Fonte:   O Estado de S.Paulo / Por Alice Lobo

Ferramentas para produzir e preservar

O Grupo André Maggi e o Grupo Marfrig organizaram um encontro entre representantes do setor produtivo e a equipe do Prince´s Rainforest Project para discutir formas de conciliar o aumento da produção agropecuária brasileira com a preservação das florestas.

Um dos principais temas da reunião, realizada nesta terça-feira (04/05), em Cuiabá, foi a criação de mecanismos que garantam o acesso ao fundo provisório para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD).

O Prince´s Rainforest Project é uma iniciativa criada em 2007 pelo próprio príncipe de Gales, que visa oferecer condições para que o agronegócio continue a fornecer alimentos à população mundial sem que seja necessária a abertura de novas áreas.

Em novembro do ano passado, um mês antes da Conferência Climática de Copenhague, o príncipe Charles reuniu-se em Londres com os empresários brasileiros para uma primeira rodada de debates. A partir daquela reunião nasceu a ideia de um novo encontro. Desta vez no Brasil.

Segundo Jack Gibbs, um dos diretores do Prince´s Rainforest Project, aproximadamente US$ 4.5 bilhões em financiamentos públicos foram inicialmente prometidos para imediato início das atividades para reduzir o desmatamento entre os anos de 2010 e 2012.

“Todos reconhecemos a importância do agronegócio e da preservação das florestas, mas precisamos ajudar o setor produtivo em termos de políticas e incentivos para que este objetivo seja alcançado”, argumentou Jack.

INICIATIVAS

O Grupo André Maggi tem participado de algumas das mais importantes iniciativas de produção sustentável, como a Mesa Redonda da Soja Responsável e a Moratória da Soja.

O presidente do Grupo, Pedro Jacyr Bongiolo, avaliou positivamente a segunda rodada de debates. “Foi uma grande oportunidade de trocarmos ideias e avançarmos no sentido de criar projetos para manter a floresta em pé e também tornar a compensação financeira uma realidade”, comentou Bongiolo.

O encontro contou com representantes do setor industrial, como a Cargill; de organizações como a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e Instituto Ambiental da Amazônia (Ipam); das embaixadas do Reino Unido e França, de várias Organizações Não Governamentais; do ex-governador Blairo Maggi; e do Governo de Mato Grosso, com a presença do secretário de Meio Ambiente (SEMA), Alexander Maia.

Com convidados de diferentes áreas, mas com um mesmo objetivo, a reunião evoluiu também para discussões sobre questões de logística, legalidade do processo e geração alternativa de energias, como a bionergia.

O diretor de Sustentabilidade do Grupo Marfrig, Ocimar Villela, destacou a necessidade do incentivo à verticalização do processo produtivo e de investimentos em hidrovias e ferrovias para eliminar os gargalos que encarecem o transporte. “Quem ganha com este encontro é o Brasil, uma vez que os agentes envolvidos na produção estão engajados em encontrar soluções”, avaliou Vilela.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quanto vale a natureza?


Debate sobre pagamento de serviços ambientais, como a utilização de rios, está sendo realizado no estado por especialistas

Quanto vale a sombra de uma árvore? Para muitos "não tem preço". Mas mensurar esse valor e o de outras ofertas do meio ambiente é um desafio que começa a ser enfrentado. Ambientalistas, pesquisadores e representantes do poder público iniciaram o debate sobre o pagamento por serviços ambientais em Pernambuco. Isso significa que quem mora em áreas de floresta, cortadas por rios ou com a presença de nascentes deverá receber um estímulo financeiro para proteger a região. E essa conta será dividida entre todos os usuários. A medida reconhece o valor da natureza preservada e promete o reajuste de um antigo débito: está na hora da natureza "receber" pelo trabalho prestado, como a oferta de água, alimento e lazer.



O assunto foi o tema do I Seminário Pernambucano sobre Serviços Ambientais realizado na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma), ontem, pelo Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan). A entidade, em parceria com a Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (Amane), está iniciando um projeto para quantificar os serviços ambientais prestados pelo remanescente de mata atlântica no estado. Aprovado pelo Fundo Estadual de Meio Ambiente (FEMA), o estudo poderá servir como base para a política de pagamento estadual. A primeira lei federal que estabelecerá a medida está tramitando no Congresso e a expectativa é que seja aprovada até junho.



Enquanto isso, municípios e estados podem buscar estratégias para garantir a proteção das áreas de unidades de conservação e dos recursos naturais. "O pagamento é a inversão de valores. Em vez de pagar para consertar os problemas, como investir em fertilizantes por conta do esgotamento do solo, iremos pagar para conservar", afirmou o biólogo e pesquisador do Cepan, Felipe Melo. O dinheiro destinado ao pagamento de agricultores que protejam as árvores e o rio, por exemplo, pode vir de fundos públicos de meio ambiente, doações privadas e impostos. "Todos os usuários beneficiados devem pagar. Tem serviços que têm ganhos locais, outros regionais e internacionais", destacou, citando o uso local de água e a absorção de gases poluentes pelas florestas.



Como exemplo do custo para remediar o dano e proteger o recurso natural, o pesquisador citou a estimativa de 217 bilhões de dólares por ano com a polinização (dispersão de sementes e reflorestamento pelos insetos) e comparou com o custo de R$ 15 bilhões anuais de fertilizantes no Brasil, resultado do esgotamento do solo. Com o pagamento, a intenção é fortalecer a política de sustentabilidade e mostrar que é mais lucrativo evitar os danos.


Fonte:  Diario de Pernambuco / Júlia Kacowicz
 




Qual a sua pegada ecológica? (matéria de inalguração deste blog, que homenageia os bons trabalhos de preservação da Terra)

O aumento da temperatura média superficial global nos últimos 150 anos vem preocupando autoridades do mundo inteiro. Grande parte da comunidade científica acredita que a emissão de gases poluentes para a atmosfera, o crescente aumento das queimadas e dos desmatamentos tem contribuído para o aumento da temperatura no planeta alterando o ciclo vital dos seres vivos.

Grande quantidade de gases tem sido emitida para a atmosfera desde que começou a revolução industrial, a partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36% (Fonte IPCC).

Nesse cenário, ganham importância iniciativas de rotulagem de produtos com informações sobre a quantidade de gases de efeito estufa emitidos durante o seu processo de fabricação. O cálculo é realizado com base no conceito de Carbon Footprint, um conceito derivado de Ecological Footprint que em português é traduzido como Pegada Ecológica.

A análise da Pegada Ecológica compara o que a humanidade demanda da natureza com a habilidade da biosfera de se regenerar. De acordo com a técnica do Inmetro, Manuela Silvestre, que monitora as tendências em Avaliação da Conformidade, “uma pegada ecológica abrange, por exemplo, necessidades de matérias primas; de água; de terra para plantio, pastagens ou construções; de florestas e produtos dela derivados; energia fóssil ou de outras fontes; e a geração de resíduos e poluentes decorrentes da atividade.”

Esse conceito pode ser aplicado a empresas e, nesse sentido, refere-se aos recursos naturais usados por uma organização para realizar seu processo produtivo de bens, serviços ou informações. A partir da conscientização sobre a pegada ecológica de um indivíduo, de uma organização, nação ou de uma atividade podem ser desenvolvidas uma série de ações para diminuí-la.

A técnica do Inmetro relata que, dada a complexidade de avaliar todos os aspectos da pegada ecológica, em especial, com relação às redes relacionadas aos ciclos de vida de insumos e produtos, a pegada ecológica passou a ser dimensionada considerando os seus aspectos separadamente. Dessa forma surgiu, dentre outras, a Carbon Footprint – Pegada de Carbono- que tem foco no total de emissões de carbono associadas a uma organização, país ou outra unidade de análise. Essa unidade pode ser um indíviduo, esclarece Manuela.

A importância do tema motivou a proposição pela International Organization for Standardization (ISO) do desenvolvimento de uma norma internacional, a ISO 14067. Enquanto a norma internacional não é publicada, algumas organizações tem feito uso de protocolos privados como as normas Ecological Footprint Standards, que se destinam a avaliação da Pegada de organizações e produtos disponíveis no mercado. “A norma se propõe a assegurar que as avaliações de Pegada sejam realizadas de forma consistente e de acordo com as melhores práticas, cobrindo tanto os procedimentos de avaliação como a comunicação dos resultados.”

Em relação aos indivíduos, atualmente existem vários aplicativos que permitem estimar a pegada ecológica ou de carbono disponibilizados gratuitamente em sites de organizações não governamentais como Global Footprint Network (www.footprintnetwork.org); Redefining Progress (www.myfootprint.org), WWF (http://footprint.wwf.org.uk/), entre muitas outras.

Respondendo perguntas referentes a hábitos cotidianos você pode descobrir quantos planetas seriam necessários para sustentar seu estilo de vida. Os sites estão em inglês, mas para quem não tem domínio do idioma é possível recorrer a tradutores online gratuitos. O exercício é muito interessante para dimensionar o impacto de seus hábitos no planeta.

Fontes: Site Ambiente Brasil
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